Como vários fenómenos psicológicos, a hipnose é definida de acordo com a experiência subjetiva e o relato dos participantes e pela fenomenologia que acompanha o estado hipnótico. Existindo inúmeras variações, a American Psychology Association definiu hipnose como “um estado de consciência que envolve atenção focada e uma redução da perceção do meio envolvente caracterizado por um aumento da capacidade de resposta a sugestões.” Definiu ainda hipnoterapia como “utilização de hipnose no tratamento de uma desordem ou problema médico ou psicológico”.
Partindo de um ponto de vista biopsicossocial, todas as doenças ou condições possuem múltiplas variáveis que afetam a qualidade de vida do paciente. Neste sentido, a hipnoterapia pode ser utilizada no tratamento de qualquer condição na qual os pacientes beneficiem de um estado de maior adaptabilidade.
Um dos passos mais importantes para alcançar a mudança pretendida ou objectivos é a alteração do mindset. Este termo pode ser definido como a linha de raciocínio que direciona a vida das pessoas. Ou seja, desta alteração na forma de pensar podem advir resultados surpreendentes.
Além desta estratégia, existem diversas ferramentas mais específicas para cada caso.
Em psicoterapia, a aplicação das técnicas hipnoterapêuticas apresenta um considerável número de benefícios, nomeadamente o de aceder e mobilizar recursos pessoais; o de proporcionar uma melhor capacidade de gestão de situações e de resolução de problemas ao facilitar o uso de determinadas capacidades cognitivas, comportamentais, emocionais e de relacionamento; o de criar associações e dissociações que possibilitam uma maior conexão ou distanciamento relativamente a elementos específicos de experiências pessoais; e, finalmente, o de aliviar sintomas psicossomáticos.
Sim. Em 1958, a American Medical Association certificou esta terapia complementar como uma ferramenta clínica legítima. Existem numerosos artigos científicos sobre o tema, que têm conduzido a um aumento de evidências acerca da utilidade e eficácia da Hipnose Clínica.
Tendo em conta a necessidade de adequação a cada indivíduo e caso, de uma forma geral, a sessão pode ser dividida num diálogo pré-hipnose (com estabelecimento de objetivos), na indução (em que o paciente é ajudado a atingir um estado de maior foco interior), no trabalho terapêutico, no despertar (reorientação para o meio envolvente) e no diálogo pós-hipnose.
É uma forma de espetáculo com base em técnicas hipnótica, mas na verdade, transmite uma ideia errada da realidade. Baseia-se não só na exploração da imaginação dos participantes, mas acima de tudo num efeito de pressão psicológica em indivíduos com determinadas características e pré-dispostos para a exibição. Ou seja, não existe supressão da força de vontade individual nem perda de consciência e o “hipnotizador” tem sempre o cuidado de fazer sugestões que não choquem contra os valores morais dos “hipnotizados”, caso contrário ele não seria obedecido.
A primeira fase de uma sessão de hipnose denomina-se indução, em que o profissional guia ou ajuda o paciente a atingir o denominado estado de hipnose (por este motivo, vários dos voluntários iniciais do espetáculo são rejeitados). É um processo interativo que requere a vontade do paciente de entrar em hipnose. Em casos muito particulares, especialmente na área médica e havendo necessidade de controlo de tempo, poderão ser utilizadas técnicas de indução semelhantes às observadas nos espetáculos. Essa será a única semelhança. De resto, uma típica sessão de Hipnose Clínica é completamente diferente de qualquer ato de hipnose de palco.
Cada experiência é única e depende dos indivíduos e dos objetivos traçados, mas relatos comuns são:
Não se pode ficar “preso em hipnose” e no fim a pessoa vai recordar-se de tudo o que achar importante. Além disso, pode-se efetuar uma gravação para ser ouvida posteriormente as vezes desejadas. Não existe perda de vontade, ou seja a pessoa não perde a capacidade de dizer não e apenas relata o que achar adequado.
Tal como outros atos na área de saúde, desde que efetuado por um profissional qualificado e com conhecimento clínico e técnico é um processo completamente seguro.
“A PNL é um modelo de comunicação interpessoal, primariamente focado na relação entre padrões eficazes de comportamento e experiências subjectivas (especialmente padrões de pensamento). É ainda, um sistema de terapia complementar baseado no conceito anterior, que busca educar as pessoas na auto-consciência e comunicação efectiva e modificar os seus padrões de comportamento emocional e mental” (Richard Bandler, co-fundador da PNL).
Simplificando, a PNL foca-se na forma como o cérebro capta informações através dos sentidos e de como estrutura, processa e regista essas informações, formando e mantendo, a partir desses registos, padrões de pensamentos, padrões emocionais, padrões comportamentais e padrões de comunicação, que vamos manifestando de forma consciente ou inconsciente no nosso dia-a-dia.
A PNL tem-se destacado nos métodos de comunicação e de desenvolvimento humano, sendo utilizada em áreas distintas, tais como: desporto, saúde, psicologia, gestão, desenvolvimento pessoal, liderança, vendas, formação, ensino, marketing, comunicação e arte, entre outras.
Mindfulness pode ser definido como prestar atenção, ter consciência do momento presente de uma forma sistemática, sem julgamento.
“Várias disciplinas e práticas podem cultivar mindfulness, como yoga, tai chi e qigong. A maioria da literatura tem-se focado no mindfulness que é desenvolvido através de meditação – práticas de auto-regulação que se focam no treino de atenção e consciêncialização de forma a aumentar o auto-controlo sobre processos mentais. Desta forma, pode-se fomentar um estado geral de bem estar mental e desenvolver capacidades específicas como calma, claridade e concentração” (Walsh & Shapiro, 2006).
As pesquisas indicam que a mindful meditation promove uma consciencialização metacognitiva (um aumento na forma como se adquire conhecimento e como se resolve problemas). Além disso, diminui a ruminação (o fluxo recorrente de pensamentos não positivos) através da separação de actividades cognitivas e aumenta capacidades de atenção através de uma melhoria na memória de trabalho. Estas melhorias cognitivos, por sua vez, contribuem para estratégias de regulação emocional.